sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

INTRODUÇÃO A GLOBALIZAÇÃO

Globalização

  • O que é globalização:

     A globalização pode ser compreendida como a fase de expansão que o capitalismo atingiu na atualidade, impactando a economia, a política, a cultura e o espaço geográfico. Se no capitalismo comercial iniciado no final do século XV, com as grandes navegações e o colonialismo, diferentes partes do mundo passaram a estabelecer maiores relações, nos séculos seguintes essas relações se intensificaram conforme as novas tecnologias possibilitaram o avanço da produção industrial e do comércio mundial. A globalização é, sobretudo, econômica, e caracteriza-se pelo conjunto de mudanças no processo de produção de riquezas, nas relações de trabalho, no papel do Estado, nas formas de dominação sociocultural e pela facilitação dos fluxos de pessoas, capitais e informações ao redor do mundo.
     A base estrutural que possibilitou o aumento dos fluxos de informações nas últimas décadas é o avanço das telecomunicações (satélites artificiais, centrais telefônicas, cabos de fibra óptica e telefonia celular) e da informática. A evolução das tecnologias para computadores e internet permite um volume e rapidez cada vez maiores na transmissão de dados, voz, texto e imagem em todo o planeta, tornando-o cada vez mais conectado e integrado. Além das telecomunicações e informática, também houve avanços da robótica, biotecnologia e dos meios de transporte, na etapa do desenvolvimento industrial conhecida como Terceira Revolução Industrial, quando ciência, técnica e produção adquiriram maiores vínculos. A revolução tecnológica dos meios de informação e comunicação intensificou-se, possibilitando uma disputa cada vez maior entre países e empresas a partir da facilidade de circulação do capital de um país para outro, seja para a venda de mercadorias, para a instalação de filiais de empresas ou para aplicações financeiras. 

                                    TIPOS DE GLOBALIZAÇÃO

A globalização é a junção de vários aspectos que unem civilizações de diferentes cantos do globo.Os principais fatores que caracterizam são:a economia,a cultura e a informação.

  GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

      É um fenômeno que foi aprofundado após a Queda do Muro de Berlim, em 1989. A partir deste momento, deixou de existir a divisão que vigorava no mundo entre países capitalistas e socialistas.
      Com isso houve um aumento de fluxo de mercadorias e transações financeiras. Dentro desse contexto, várias associações entre países surgiram como o Mercosul, APEC, Nafta, etc.
      Associando-se em blocos econômicos, os países conseguem mais força nas relações comerciais.

Globalização e economia mundial

GLOBALIZAÇÃO CULTURAL

O objetivo deste artigo é apresentar a Internet, mídia eletrônica global que “reduziu” e fragmentou as fronteiras entre as nações, na sua vinculação com o processo de Globalização Cultural e Eletrônica provocando ademais uma redefinição da questão social-cultural, principalmente na região latino-americana, através do resgate e difusão da temática indígena, entendida como sendo aquela produzida pelos mesmos grupos originários do continente americano que foram quase extintos ou passaram a constituir minorias à força em algumas nações.Assim desenvolvem-se os seguintes aspectos: * A identidade nacional e a Globalização, suas conexões. * A Questão Social na América Latina: o surgimento do assunto indígena. * O Mundo Indígena. * Os povos indígenas e a Globalização, antecedentes históricos. * Impactos negativos da Globalização nas minorias étnicas. * Os indígenas em face à Cultura Global: algumas propostas.* Internet e o movimento indígena. 
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GLOBALIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

PENSAR A COABITAÇÃO cultural é construir o terceiro pilar da globalização. É também fundar novamente a política democrática em escala planetária. É, enfim, valorizar o conceito de comunicação e lembrar que não há comunicação intercultural sem projeto político, senão a reivindicação da identidade cultural corre o risco de se fechar no desvio comunitário ou nas tentações da identidade agressiva. É preciso pensar o es ta tu to da política, em uma época de globalização, levando em conta a emergência do triângulo explosivo constituído pelas relações entre identidade, cultura e comunicação. Se a comunidade internacional não chegar a pensar nesse triângulo, tão importante quanto a economia e a política, significa rá o fracasso da terceira globalização. O desafio cultural é o horizonte da globalização. Organizar a coabitação cultural é, então, tão decisivo para a paz quanto a relação Norte e Sul, ou o meio ambiente, porque, desde sempre, os homens lutam pela sua identidade, sua cultura, seu modelo de relações sociais, e lutam também pelos interesses econômicos, pois as palavras lhes re me tem aos valores que permitem estruturar as representações e pensar o mundo. Finalmente, é mais por valores do que por interesses que os homens cooperam ou se enfrentam.

  
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GLOBALIZAÇÃO NO BRASIL

A maior influência da Globalização no Brasil demarcou também a adoção de um modelo econômico que visava à mínima intervenção do Estado na economia, chamado de Neoliberalismo. Com isso, intensificou-se o processo de privatizações das empresas estatais e a intensa abertura para o capital externo.
O Brasil também deixou de ser denominado como país de terceiro mundo, uma vez que essa divisão deixou de ser adotada. Passou-se a dividir o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos). O que não mudou foi a dependência econômica e a condição de subdesenvolvimento em que o país se encontrava.
Com a abertura de capitais, houve maior inserção das indústrias e companhias multinacionais no Brasil. Elas aqui se instalaram para ampliar o seu mercado consumidor e, também, para buscar mão de obra barata e maior acesso às matérias-primas. Isso acarretou uma maior produção de emprego, porém com condições de trabalho mais precarizadas.

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GLOBALISMO

Globalismo é um termo polissêmico, isto é, possui vários significados a depender do contexto em que é utilizado. Nas Ciências Sociais, o termo é empregado para referir-se a uma conjuntura social, geopolítica e histórica sobre a qual atuam diferentes segmentos da sociedade, desde indivíduos a grupos coletivos, envolvendo nações, nacionalismos e nacionalidades e suas diversas formas de comportamento e atuação.
Segundo o sociólogo Octávio Ianni, em sua obra A era do globalismo, o globalismo consiste em uma espécie de generalização de todas as particularidades expressas em âmbito local, provincial ou nacional, envolvendo os diferentes sistemas econômico-sociais e suas transformações. Afinal, segundo o mesmo autor, são essas realidades sociais, políticas, culturais e econômicas que se relacionam e dinamizam com a globalização do mundo, com a formação da sociedade global.
Dessa forma, ao considerarmos que a Globalização difundiu-se a ponto de se generalizar em todo o planeta, podemos então concluir que estamos diante de uma era globalista, em que as posições dominantes caracterizam, em uma escala mais ampla, os sentidos e os modos de vida de todo o mundo. Dessa forma, o globalismo estabelece-se como uma visão geral da sociedade global e globalizada, muito embora alguns localismos atuem no sentido de contrapor lógicas globalistas, ou seja, que se generalizam em todo o planeta.
É errado, no entanto, pensar que o globalismo consiste em algo homogêneo, ou seja, sem variações e diversidades. Pelo contrário, ele caracteriza-se pela ocorrência de sucessivos processos de fragmentação e integração que marcam aquilo que se chama por pós-modernidade, desenvolvendo-se muitas coletividades e nacionalidades, mas também profundas relações de diversidade e desigualdade entre os povos e indivíduos.
O globalismo, ao invés de excluir, convive com todas as manifestações ou ideologias do pensamento social, como o tribalismo, o regionalismo, o nacionalismo, o imperialismo, o colonialismo e outras. No entanto, essas relações são marcadas, modificadas ou transformadas pela configuração global com que as sociedades estruturam-se, o que marca as feições principais do globalismo.